Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura temporal – duração do rali – DR, intervalo entre ralis – TI, número de rebatidas por rali – NRR, taxa de rebatidas por segundo – TRS, razão entre esforço e pausa – E:R e duração total do jogo – DTJ – em jogos de mesatenistas com deficiência intelectual – DI (Classe 11 do Tênis de Mesa Paralímpico), analisando diferenças entre sexos, e em comparação à mesatenistas sem deficiências e com outras deficiências. Foram analisados 14 jogos (7 por sexo) do Campeonato Mundial de 2018. A comparação entre sexos foi feita utilizando os testes de Mann-Whitney (distribuição não-paramétrica) e teste t (distribuição normal) (p < 0,05). Os jogos da Classe 11 tiveram DR, TI, NRR, TRS, E:P e DTJ de 3,68 s, 12,68 s, 4,00, 1,14golpes/s, 0,30 e 26,80 min no masculino e 3,56 s, 9,12 s, 4,00, 1,07golpes/s, 0,40 e 20,50 min no feminino, com 80% dos pontos indo até 5,49 s e 6 rebatidas e 87,2% dos intervalos indo até 17,99 s. As diferenças em DR, TI, NRR, TRS e E:P em relação aos mesatenistas sem deficiências indicam limitação tática e maior densidade de esforço em mesatenistas com DI. A menor DR em relação aos usuários de cadeira de rodas, mostra que as classes da modalidade podem ter estrutura temporal de jogo diferentes no masculino. Os maiores NRR, TI e TRS no masculino indicam que a estrutura do jogo difere entre sexos na Classe 11. Os dados do presente estudo são pioneiros, fornecendo base para prescrição de treinamento adequada aos mesatenistas com DI.

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