Estudo Antropométrico Comparativo Entre Meninas Espanholas e Brasileiras Praticantes de Dança
Por Aline Nogueira Haas (Autor), Manuel Rosety Plaza (Autor), Eduardo Henrique de Rose (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 2, n 1, 2000. Da página 50 a -
Resumo
Pouco se sabe a respeito da influência da dança no desenvolvimento morfológico e antropométrico de meninas e adolescentes – meninas-bailarinas. A bibliografia referente a esse tema é quase inexistente, tendo-se grande dificuldade de encontrar estudos realizados acerca de populações desse tipo. É muito importante poder controlar o desenvolvimento morfológico de meninas que estudam dança, para poder quantificar, qualificar e, conseqüentemente, alcançar melhores resultados. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar, por meio de um estudo comparativo, as características antropométricas de uma população de meninas-bailarinas pertencentes à cidade de Porto Alegre (RS), Brasil, praticantes de ballet clássico, com idade média 11.12 ± 1.00, e à cidade de Córdoba (CO), Espanha, praticantes de ballet clássico e dança espanhola, com idade média 11.50 ± 0.94, estabelecendo um paralelismo entre estas duas populações, comparando e relacionando os dados obtidos. Foram medidas 50 variáveis antropométricas, incluindo medidas de peso corporal, envergadura, estatura, alturas, perímetros, dobras cutâneas, diâmetros e longitudes, utilizando o método antropométrico, baseado no protocolo da ISAK (International Society of the Advancement of Kinanthropometry), proposto por Ross e Marfell-jones (1991). Utilizou-se a metodologia estatística descritiva, para obter um banco de dados das duas amostras estudadas, e o teste da diferença entre as médias (“Teste t”), para comparar os dados obtidos entre as duas populações, verificando se existiam diferenças significativas entre as mesmas (p < 0.05). Através da análise dos resultados obtidos concluiu-se que os dois grupos estudados são muito semelhantes, ainda que encontradas algumas variáveis com diferenças estatísticas. As diferenças encontravam-se principalmente nos diâmetros ósseos.