Resumo

A potência e a capacidade anaeróbia são variáveis importantes na análise do desempenho e da performance esportiva. O objetivo deste estudo foi analisar e comparar o perfil da capacidade e da potência anaeróbia de atletas da categoria profissional de futebol pertencentes a equipes do Campeonato Brasileiro durante os anos de 1999 a 2002 através do teste de Wingate (Potência Máxima - Pmáx., Potência Mínima - Pmin. e Índice de Fadiga - IF, (BAR-OR, 1987)) analisando-os em relação às funções no campo de jogo. A amostra foi do tipo voluntária composta por 663 atletas, distribuídos por funções, sendo elas (GO) Goleiros (n=15), (LA) Laterais (n=117), (ZA) Zagueiros (n=127), atletas de (MC) Meio-Campo (n=255) e (AT) Atacantes (n=149). Para a análise dos dados realizou-se estatística inferencial entre os grupos estratificados por funções de jogo através da Análise de variância do tipo One-Way (Anova) e para as comparações múltiplas entre as funções utilizou-se o teste Pos-Hoc de Bonferroni. Para todas adotouse previamente o nível de significância de 5% e para tal utilizou-se programa SPSS for Windows 13.0. Os resultados demonstraram: 1) Diferenças significativas na Pmax., Pmin. e IF na função de GO em relação aos LA, MC. Para os atletas na função de LA diferenças significativas dos GO, ZA e AT. Os resultados dos ZA em relação aos LA e MC também apresentam diferenças significativas e os AT apresentaram diferenças significativas dos LA e MC. 2) Observou-se que os atletas de MC diferem significativamente dos GO, ZAG e AT na Pmax. E com relação a Pmin. e IF estes atletas de MC apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação à todas as outras posições. Conclui-se que a obtenção de indicadores da capacidade e potência anaeróbia por funções no campo de jogo, parece ser uma alternativa bastante coerente em relação ao planejamento, treinamento, especificidade e organização no âmbito do futebol moderno.

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