Estudo Comparativo da Analise do Padrão Muscular de Pessoas Sedentárias, Praticantes de Remo com e Sem Síndrome de Down
Por José Paulo Sabadini de Lima (Autor), Graciele Massoli Rodrigues (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O objetivo desse estudo foi comparar as potencialidades de grupos
musculares específicos que são requisitados na prática do remo de uma
pessoa com síndrome de Down praticante da modalidade com pessoas
sedentária e atleta. Fizeram parte desse estudo uma pessoa com Síndrome
de Down praticante de remo, um indivíduo sedentário e um at l e t a
profissional de remo, todos com vinte e dois anos de idade. Com caráter
exploratório a pesquisa utilizou testes para avaliar a força de membros
superiores conforme proposto por que JOHNSON e NELSON (1979) "Two
Hand Medicine Ball Put"; a impulsão horizontal - "Long Jump" sugerido
por JOHNSON e NELSON (1979); força abdominal de acordo com MOLINARI
e SABARÁ (2000) e análise eletromiográfica dos músculos: quadríceps
femo ra l , re t o ab d omi n a l e t r í c ep s b ra q u i a l . Pa ra o p ro c e d ime n t o
eletromiográfico, utilizamos um remoergômetrico da marca concept2,
modelo PM3+ e um eletromiógrafo de oito canais de marca EMG Brasil e
eletrodos colocados de acordo com DELAGI (1981). A freqüência de
amostragem do sinal foi de 2000Hz e um passa alto de 20Hz e passa baixa
de 500Hz. Para a análise, utilizamos o valor médio de RMS (Root Mean
Square) baeado em BASMAJIAN e LUCA (1985). Analisando os resultados,
vimos que o quadro de hipotonia no individuo com síndrome de Down
nem sempre se evidenciou, pois existe ativação constante das musculaturas
aqui analisadas. Verificamos também que nem sempre o sujeito consegue
direcionar seu potencial muscular, mantendo a musculatura por longo
período excitada. Isso denota um controle motor alterado, que pode ser
atribuído inicialmente ao déficit de cognição, haja vista que o sujeito já
possui experiência com a modalidade. Assim, a prática do remo pode ter
colaborado para o fortalecimento dos músculos do sujeito com síndrome
de Down evidenciando até mesmo diferenças significativas com relação
ao indivíduo sedentário, mas parece não ter influenciado o controle da
utilização da musculatura.