Estudo Comparativo dos Efeitos da Natação e da Corrida em Esteira Sobre o Crescimento ósseo de Ratos em Processo de Recuperação Nutricional
Por Clécia Soares de Alencar Mota (Autor), Maria Alice Rostom de Mello (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A desnutrição é um mal que acomete uma parcela considerável da
população mundial. Estudos vêm sendo realizados na tentativa de associar os
benefícios trazidos pelo exercício físico no processo de recuperação nutricional.
Objetivo: comparar os efeitos da natação e corrida em esteira no crescimento ósseo
de ratos jovens durante o processo de recuperação nutricional. Metodologia: Ratos
Wistar foram designados a 6 diferentes grupos e alimentados com dietas isocalóricas
(3948 Kcal/Kg) normoprotéica (17% de proteína) ou hipoprotéica (6% de proteína),
ad libitum: Controles - Sedentário (CS), Corrida (CC) e Natação (CN) -
alimentados com dieta normoprotéica durante todo o experimento (90
dias), Recuperados - Sedentário (RS), Corrida (RC) e Natação (RN) -
alimentados com dieta hipoprotéica por 60 dias, e com dieta normoprotéica por
30 dias, associada ou não ao exercício. Os ratos treinados por corrida praticaram a
atividade 1h/dia, 5 dias/semana, à velocidade de 25m/min. Os ratos treinados por
natação, praticaram a atividade 1h/dia, 5 dias/semana, com sobrecarga equivalente
a 5% do p.c. Os animais foram sacrificados por decaptação, e tiveram o osso úmero
removido para pesagem [balança analítica], medida de comprimento [paquímetro],
cálculo do índice ponderal [comprimento÷³vpeso,] e determinação do teor de cálcio
[quelagem com EDTA]. Para determinação da área, os ossos foram radiografados e
os valores calculados pelo programa auto cad. Os resultados foram analisados pela
ANOVA Two-way, seguida de post hoc de Kruska Wallis, com nível de significância
pré-estabelecido de 5%. Resultados: O peso ósseo (mg) foi menor no grupo RC
(402,6±87,5) do que nos demais (CS 467,3±93,8 CC 581,6±89,9 CN 497,3±70,0
RS 418,6±39,8 RN 395,8±82,8). O mesmo aconteceu com o comprimento ósseo
(mm) (CS 30,9±1,4 CC 30,0±1,4 CN 31,3±1,0 RS 29,64±1,0 RC 27,5±2,4 RN
28,7± 1,0). O índice ponderal dos animais corredores (CC 3,6±0,2 RC 3,7±0,1) foi
inferior aos demais (CS 4,0±0,2 CN 4,0±0,2 RS 4,0±0,1 RN 4,0±0,3). O oposto
ocorreu com o conteúdo mineral (mg/100mg) (CS 47,3±2,6 CC 59,3± 6,5 CN
47,5±17,6 RS 51,1±5,3 RC 66,1±3,1 RN 52,7±11,9).A área óssea (cm2) foi inferior
nos animais recuperados exercitados (RC 10,6±1,9 RN 10,9± 0,7) em relação aos
demais (CS 12,1±1,1 CC 12,4±1,2 CN 13,4±0,5 RS 11,3±0,7). Conclusão: Os
resultados referentes à realimentação associada ao exercício não permitiu afirmar
que essas duas modalidades de exercício, sejam benéficas à recuperação nutricional