Estudo Comparativo Entre a Classificação do Ranking Nacional e o Coeficiente de Classificação Por Média em Jovens Tenistas do Sexo Masculino
Por Débora de Campos Vilas Boas (Autor), Thiago Gaudensi Costa (Autor), Tatiana Vasques Giacomello (Autor), Claudinei Ferreira dos Santos (Autor), Andreia Gulak (Autor), Diego Rodrigues (Autor), Jonas Giglio (Autor), Giovana Souza (Autor), Aurea Maria Oliveira da Silva (Autor), Jose Rocha (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O Tênis de Campo é uma modalidade esportiva na qual a classificação dos
atletas é feita em um ranking, de acordo com o desempenho nos torneios ao
longo do ano. A questão é: será que os tenistas melhor classificados seriam
também os que apresentam melhor desempenho em testes motores e
características antropométricas específicas? O objetivo deste estudo foi
comparar a classificação do desempenho geral nos testes e medidas com a
classificação do ranking nacional, por meio do coeficiente de classificação por
média (CCM), em jovens tenistas do sexo masculino. Foram avaliados 28 tenistas
das categorias competitivas: sub-14 (n=9), sub-16 (n=8) e sub-18 anos (n=11),
que estavam, no momento da avaliação, entre os 100 primeiros classificados
no ranking da CBT. Foram avaliadas: antropometria: massa corporal, estatura,
altura tronco-cefálica, envergadura, dobras cutâneas (tríceps, bíceps, subscapular,
suprailíaca, abdominal, coxa e perna), circunferência de braço contraído e
relaxado, circunferência de perna, diâmetro de úmero e de fêmur; aptidão
motora: indicadores de potência de membros superiores e inferiores, agilidade
geral e específica, potência aeróbia e flexibilidade de quadril e ombros; e aspectos
psicológicos: ansiedade-traço e autoconfiança. O resultado da comparação do
ranking com o CCM foi distinta, em todas as categorias. As variáveis que mais
contribuem para a classificação dos tenistas por meio do desempenho nos
testes e medidas realizadas também foram diferentes nas categorias. Para a
sub-14 a agilidade geral e específica; para a sub-16 a somatória de dobras
cutâneas e peso; para a sub-18 a maior contribuição foi a medida de envergadura
e estatura, respectivamente. Os resultados sugerem que o desempenho das
variáveis de aptidão física e medidas antropométricas assumem importância
distinta nas diferentes categorias competitivas. Além disso, observou-se que
os tenistas melhores classificados no ranking nacional não seguem a mesma
classificação quando se considera o desempenho em testes de aptidão física e
características antropométricas e psicológicas.