Resumo

Este estudo objetiva analisar comparativamente a corrida terrestre em esteira com a corrida aquática realizada em piscina rasa e em piscina funda, a fim de descrever semelhanças e diferenças no padrão de movimento em função das demandas ambientais impostas. Foram identificadas variáveis espaço-temporais e angulares fundamentais à descrição do correr nas três situações, partindo-se de uma padroniza ção do esforço percebido. Seis voluntários, três mulheres e três homens, idade média de 28 ± 5,8 anos, ativos em um programa extensivo de corrida aquática em piscina funda participaram do estudo, após consentirem com os procedimentos experimentais. Foi utilizado o método da cinemetria em uma abordagem bidimensional, com avaliação das amplitudes de movimento no plano sagital, para a quantificação das projeções dos ângulos formados entre os segmentos coxa e perna, perna e pé e entre o tronco e a horizontal, além das durações das fases de apoio e balanço, cadência (ciclos por minuto) e as amplitudes de passo. As formas de corrida foram avaliadas em duas velocidades: auto-selecionada e máxima. Os resultados foram discutidos com base nas diferenças e semelhanças entre as formas de corrida que poderiam ser atribuídas às demandas mecânicas do meio líquido, bem como à falta de apoio fixo. Avaliou-se que algumas características observadas poderiam responder por alterações nas funções dos segmentos durante a propulsão no meio aquático, com prováveis efeitos na atividade fásica da musculatura envolvida. UNITERMOS: Corrida aquática em piscina rasa e funda; Variáveis espaço temporais; Cinemática planar.

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