Estudo Comparativo Por Ressonância Magnética de Púbis Entre Atletas e Sedentários Assintomáticos
Por Rodrigo Castelo Branco (Autor), César Rubens da Costa Fontenelle (Autor), Leandro Marques Miranda (Autor), Yonder Archanjo Ching San Junior (Autor), Evandro Miguelote Vianna (Autor).
Em Revista Brasileira de Ortopedia v. 45, n 6, 2010. Da página 596 a 600
Resumo
OBJETIVO: Comparar os achados na ressonância magnética do púbis de atletas profissionais de futebol, sem histórico ou clínica de pubalgia, com sedentários também assintomáticos, determinando a prevalência de alterações compatíveis com sobrecarga púbica.
MÉTODOS: Dezenove atletas profissionais de futebol, sem queixas álgicas na região púbica, e 17 sedentários, também assintomáticos, foram submetidos à ressonância magnética do púbis. Os resultados dos exames foram analisados quanto à presença de alterações degenerativas, edema medular ósseo e tendinopatia, comparando ambos os grupos estudados.
RESULTADOS: Foi encontrada alta prevalência de edema ósseo e tendinopatia, bem como alterações degenerativas da sínfise púbica no grupo de atletas, encontrando-se valores maiores de odds ratio e risco relativo, com significância estatística na população estudada.
CONCLUSÃO: Atletas profissionais de futebol apresentam maior risco de desenvolver alterações na região púbica, evidenciadas na ressonância magnética, se comparados a indivíduos sedentários. Estes achados não são obrigatoriamente causa de pubalgia, estando provavelmente relacionados a esforço intenso.