Resumo

O objetivo do estudo foi comparar os níveis de atividade física habitual após uma
intervenção realizada no ambiente de trabalho, com trabalhadores da indústria do
Estado da Paraíba, Brasil. A amostra foi composta por 344 sujeitos na primeira
avaliação e 220 sujeitos na segunda, com um intervalo de 5 meses, onde foram
desenvolvidos exercícios físicos diários no ambiente de trabalho e palestras semanais
sobre temas que abordavam sobre estilo de vida saudável e a prevenção de doenças
crônico-degenerativas. Os instrumentos utilizados foram: questionário (PATÊ, 1995)
para a avaliação do nível de atividade física habitual. O tratamento dos dados foi
realizado através da estatística descritiva e do t test, sendo utilizado o Programa
SPSS, versão 13.0. Pode-se observar efeitos distintos em relação aos níveis de atividade
física habitual. Entre os homens, apesar de pequena, houve uma diminuição da
média entre as avaliações (11,96-11,58), enquanto que nas mulheres houve um
aumento significativo (p=0,000) do nível de atividade física relatada (6,24-10,88).
Entretanto pode-se observar que nos dois momentos os homens mostraram ser
mais ativos que a mulheres, sendo significativa, a diferença entre gêneros, apenas no
primeiro momento. Quando analisados por grupos etários, nos homens, os níveis
de atividade física decresceram apenas no grupo dos mais jovens, e nos demais
mostraram pequeno aumento. Nas mulheres obteve-se um aumento significativo
em todos os grupos etários. Sendo assim, pode-se concluir que o programa de
intervenção realizado mostrou provocar modificações nos níveis de atividade física,
principalmente entre as mulheres, reforçando a diferença entre os gêneros e a
necessidade de abordagens diferenciadas. Entretanto, considera-se que iniciativas
como essa podem ser positivas na promoção da saúde e no aumento do nível de
atividade física da população.

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