Resumo

Este estudo descritivo diagnóstico teve como objetivo avaliar as características funcionais e de uso do coturno utilizado pelos policiais militares que realizam a tarefa de locomoção a pé durante as rondas nas ruas de Florianópolis, bem como sua influência nesta atividade. Selecionados por amostragem não-probabilística, casualsistemática por voluntariado, participaram 234 policiais militares. O instrumento utilizado foi um questionário misto com índice de clareza de 0,93, validade de 0,85 e fidedignidade de 0,95. De acordo com os resultados, a maioria dos policiais possui apenas um par de coturnos, permanecendo em média 11 horas diárias com este calçado, atribuindo a este a incidência de lesões nos pés, dos quais destacam as calosidades, frieiras, unhas encravadas e bolhas. Para estes policiais, os desconfortos causados pelo coturno interferem em suas rotinas de trabalho, tais como superaquecimento, dores e umidade nos pés e dores no corpo, conduzindo-os a avaliá-los como sendo calçados ruins, segundo os critérios de conforto, segurança e durabilidade. Conclui-se, portanto que, o calçado utilizado pelos policiais militares parece não adequado, em termos de conforto, para a tarefa a ser desempenhada por eles, pois acaba interferindo na rotina diária, imprimindo adaptações funcionais e estruturais do corpo humano na realização de tarefas motoras.

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