Resumo

No primeiro número da Revista "ATENA", apresentamos o estudo das saídas, e assinalamos a importância de sua boa execução para a obtenção de altas perfor-mances. Agora, neste número, apresentamos as técnicas de viradas, de maior relevância ainda, visto sua grande incidência nas provas aquáticas. 

VIRADA DE CRAWL 
Mudando o movimento linear para o movimento angular, a virada de crawl, por cima, é omitida nestes comentários porque é lenta demais para ser efetiva-mente usada em competição. A maioria dos nadadores começam as viradas ati-rando seus corpos fora da linha. A resistência que o corpo oferece na posição da FIG. 1, causa uma diminuição na velocidade. A inércia para a frente na parte inferior do tronco e pernas, não é tão afetada por essa resistência e o nada-dor continua a mover-se para a frente e sôbre a parte superior do tronco.

Se o nadador estiver indo com velocidade suficiente, como nos tiros curtos, êsse comêço de virada é, virtualmente, tudo de que êle precisa para virar completamente. Se o nadador dá uma cambalhota direta, acabará de costas, será forçado a dar o impulso numa posição desajeitada, e executar uma meia volta durante o impulso e deslize.

Esse método causa uma diminuição na distância e velocidade obtidas pelo deslize. O nadador deverá tentar conseguir pelo menos um quarto de volta sôbre seu eixo longitudinal, enquanto dá a cambalhota, para que fique pelo menos de lado e não de costas quando fôr dar o impulso (FIG. 1).

Enquanto progride o impulso, êle torcerá seu tronco superior até que fique numa posição horizontal, quando estiver no momento do empurrão final das pernas e tornozelos. Esse quarto de torção durante a cambalhota é conseguido primeira-mente pela remada com uma das mãos (FIG. 2). No caso da virada de toque antigo, o nadador usava uma puxada de mão contra a parede em linha oblíqua para conseguir êsse movimento de torção.

Quando dão uma virada, freqüentemente nadadores de crawl atiram um braço para cima no ar, imediatamente antes de passarem os pés; êsse braço é jogado vigorosamente para cima (FIG. 3) e então parado repentinamente no ar. O impulso do braço é transferido ao corpo, ajudando dessa maneira a fazer com que o corpo retacione ou vire.

Arquivo