Estudo Descritivo da Resposta de Acuidade Visual Sem Correção e Pressão Intra-ocular Computadorizada de Não Contato em Jogadores de Futebol Amadores e Profissionais
Por Emídio Valenti Tavares (Autor), Benny Apelbaum (Autor), Lysia K. Yukisaki (Autor), Yeda Maria Rabboni (Autor), Sérgio Barreto Mendes (Autor), Odibulho Naves Oliveira (Autor), Santos Pedro Tanaganelli (Autor), Francisco Oliveira Rocha (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 5, n 4, 1999. Da página 138 a 143
Resumo
O principal objetivo deste estudo foi verificar as possíveis alterações de acuidade visual e pressão intra-ocular em jogadores de futebol. A clínica Oftalmos e Cirurgia Oftalmológica submeteu à avaliação oftalmológica 127 atletas futebolistas provenientes de várias categorias, incluindo mulheres, com idades variando de 14 a 33 anos. Todos foram submetidos a testes de acuidade visual sem correção, utilizando-se a tabela de Snellen e avaliando-se a pressão intra-ocular de não contato com um tonômetro computadorizado (modelo TX-10, Canon, EUA). Além disso, os atletas foram submetidos a exame de auto-refração, no equipamento auto-refrator (modelo R-30,Canon, EUA). Os seguintes parâmetros utilizados e os resultados encontrados foram: dos 127 atletas avaliados, 56 (44%) apresentaram alterações de auto-refração, consideradas de grau mais ou menos importante em um ou ambos os olhos. No teste de acuidade visual, 3% e 2,4% dos atletas apresentaram, no OD e OE, somente 20/100 e 20/200 pés de visão, respectivamente. Em uma jogadora, foi constatada catarata puntata congênita. Os resultados da tonometria mostraram, em 5 atletas de cor negra, quadro suspeito de glaucoma (necessitando investigação mais apurada).Concluindo, o estudo comprovou a importância da oftalmologia como medida preventiva e/ou corretiva na identificação de possíveis alterações oftalmológicas em atletas futebolistas, devendo ser uma prática rotineira nesse esporte.