Resumo

O presente estudo teve como objetivo investigar a marcha durante a negociação de obstáculos de mulheres idosas fisicamente ativas e sedentárias para identificar as adaptações realizadas pelos dois grupos diante de uma tarefa de marcha mais complexa. Participaram do estudo 20 idosas sadias, divididas entre grupo ativo e grupo sedentário. Foi utilizada uma plataforma de força para avaliar a componente ortogonal vertical das forças de reação do solo: forças máxima e mínima, impulso vertical e tempo de apoio. Essas variáveis foram analisadas durante dois protocolos distintos: marcha livre e marcha com obstáculo com alturas de 10%, 20% e 30% do comprimento do membro inferior das voluntárias. O obstáculo foi posicionado previamente e após a plataforma para que duas funções diferentes do mesmo membro inferior fossem investigadas. Os resultados estão apresentados em três seções: a primeira avalia os dois grupos (não houve diferença significativa), a segunda avalia o efeito da altura do obstáculo (onde a altura de 10% já se apresenta como um obstáculo desafiante para as idosas sedentárias) e a terceira compara as funções de suporte primário e secundário (não houve diferença significativa). Conclui-se, para a amostra utilizada, que a atividade física auxiliou na negociação de obstáculos durante a marcha. As idosas sedentárias optaram por uma estratégia mais segura na negociação de obstáculos, observada pelas menores magnitudes das variáveis dinamométricas juntamente com um maior tempo de apoio.

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