Resumo

O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da prática da ioga na freqüência cardíaca, na variabilidade da freqüência cardíaca e na freqüência respiratória. Foram estudados praticantes de ioga (IOGA, n = 8) e não praticantes controles (CT, n = 8) com idade entre 30 e 45 anos. Dois sub-grupos de quatro indivíduos cada, com atividade física regular foram também comparados (IOGAativ e CTativ). Os participantes realizaram prática de asanas (IOGA) ou simulação (CT) precedidos e sucedidos por relaxamento, sendo registrados (20 min) o eletrocardiograma e respirograma antes e após os asanas ou simulação. A freqüência cardíaca foi menor no grupo IOGA comparado ao CT (58,9 ± 6,6 e 64,3 ± 5,6 bpm) e no grupo IOGAativ comparado ao CTativ (55,0 ± 3,6 e 63,2 ± 5,5 bpm). Não foram encontradas diferenças na freqüência respiratória. O intervalo de pulso (IP) foi maior no grupo IOGA (1036,0 ± 111,2 ms) comparado ao CT (943,9 ± 85,3 ms) e IOGAativ (1101,6 ± 72,6 ms) comparado ao CTativ (957,8 ± 92,6 ms). Também o desvio padrão do IP foi maior no grupo IOGA (68,8 ± 22,8 ms) comparado ao CT (51,1 ± 21,7 ms) e grupo IOGAativ (77,8 ± 14,1 ms) comparado ao CTativ (41,5 ± 17,8 ms). A potência espectral do IP foi maior no grupo IOGAativ comparada ao CTativ na faixa de muito baixa freqüência (2157,3 ± 1159,4 vs. 876,0 ± 989,4 ms2) e maior nas faixas de baixa (1523,7 ± 964,6 vs. 494,7 ± 417,1 ms2) e alta freqüências (1684,4 ± 847,9 vs. 462,6 ± 375,1 ms2) comparando-se os valores obtidos após os asanas ou simulação. Os resultados sugerem que a combinação de exercícios físicos e ioga pode aumentar os benefícios destes à saúde.

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