Resumo
Esta dissertação consta de dois estudos. O primeiro teve como objetivo verificar a existência da pré-ativação dos músculos multífidos lombares (MULT). Verificou-se o efeito da velocidade angular através de um dinamômetro isocinético. Também foi analisado o critério para se observar o início do movimento, e a intensidade do valor EMG pré-movimento. Para dez diferentes velocidades pré-selecionadas, vinte sujeitos realizaram movimentos de flexão do ombro. O início da atividade EMG dos MULT no nível de L5 de ambos os lados foi mensurado de acordo com o início da ativação do músculo deltóide anterior direito e com o início da variação angular. Para ambos os critérios adotados os MULT apresentaram-se mais pré-ativos, sendo que o lado direito apresentou-se ativo mais precocemente e com uma intensidade EMG maior que o esquerdo. Durante a velocidade de 30°/s esses músculos apresentaram-se mais pré-ativos, independente do critério adotado e com maior intensidade EMG pré-movimento. O segundo estudo avaliou o tempo de pré-atividade e a intensidade do sinal RMS do MULT em diferentes níveis vertebrais em indivíduos com dor induzida experimentalmente. Avaliou-se a atividade muscular através da flexão do ombro com a utilização de um dinamômetro isocinético em 13 voluntários. A tarefa foi reavaliada imediatamente após indução de dor no MULT em L5 do lado direito e repetida após 30 minutos de repouso. Nenhuma diferença foi encontrada para o nível vertebral de L1 em relação ao tempo de pré-ativação e intensidade do valor RMS. Diferenças significativas foram encontradas para os MULT de L5 do lado direito apresentando um valor de tempo de pré-ativação maior na situação pós-dor. A situação pré-dor demonstrou maior valor RMS seguido da situação após o repouso e imediatamente após indução de dor respectivamente. O estudo mostra que o tempo de pré-ativação não parece ser alterado em condições de dor muscular aguda.