Estudo Longitudinal do Desenvolvimento da Obesidade em Escola Particular de Campo Grande- Ms
Por Fernanda Bento da Silva (Autor), Lucas Penedo (Autor), Alessandro Silva da Rosa (Autor), Ana Cláudia Fernandez (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE em 2010 apontaram que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos são obesas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças apresentam um peso corporal acima do recomendado. Objetivo: O estudo procurou acompanhar o desenvolvimento de crianças de 6 e 9 anos de uma escola particular de Campo Grande – MS. Materiais e métodos: Os dados foram coletados após a prévia autorização da escola e o consentimento dos pais ou responsáveis pelos alunos. Foram mensurados a massa corporal (peso), estatura (altura), e também circunferência da cintura, a coleta ocorreu no próprio local durante as aulas de educação física. Sendo a amostra constituída por 20 crianças (12 meninos e 08 meninas) e as intervenções ocorreram em julho de 2015 e julho de 2017. Resultados: A estatura das crianças se desenvolveu de acordo com o esperado, utilizando como base, o referencial do NCHS (percentil 50). Com relação ao peso, os meninos obtiveram um aumento de 16% na taxa de sobrepeso de 2015 para 2017, enquanto as meninas não apresentaram diferença entre as medidas. A obesidade foi mensurada através do índice de massa corpórea (IMC) e descreveu um aumento de 8,33% para os meninos e 25% para as meninas. Em relação ao índice cintura/quadril, o número de crianças que se encontram na zona de risco à saúde, aumentou 8,33% e 25% respectivamente para meninos e meninas. Os resultados apontam para um crescimento tanto de sobrepeso quanto de obesidade entre a amostra. A discrepância percentual entre meninos e meninas nessa faixa etária pode estar atrelada ao aumento de atividades físicas como as iniciação aos desportos promovido pela escola, que possui uma maior aderência dos meninos. Conclusões: Ao longo de dois anos a amostra apresentou um ganho percentual significativo com ênfase para as meninas relacionados ao sobrepeso e a obesidade, alertando-os para a adoção de medidas preventivas.