Resumo

Os brônquios intrapulmonares são supridos por neurônios e fibras nervosas motoras do Sistema Nervoso Autônomo e por fibras sensitivas originadas no gânglio do nervo vago ou raiz posterior de gânglios sensitivos que formam um plexo denominado de plexo peribronquial intrapulmonar. Este plexo está incluído na importância do potente e complexo mecanismo responsável pelo funcionamento da via aérea, inclusive nas interações com o sistema imune em doenças inflamatórias crônicas. Nos propusemos a estudar os neurônios e fibras nervosas que compõem este plexo, em ratos Wistar de 32 a 40 dias, nos aspectos morfológicos e quantitativos. Utilizamos preparados de membrana em três diferentes técnicas: histoquímica para Acetilcolinesterase (AChE) e imunohistoquímica para Miosina-V e para o Peptídeo Intestinal Vasoativo (VIP). Foi observado a presença de uma rede formada pelas fibras nervosas e neurônios, distribuídos desde a porção inicial dos brônquios até as ramificações de menores calibres. Os neurônios se posicionavam isolados ou em duplas ao longo das fibras nervosas ou formavam gânglios de 3 a 48 neurônios normalmente na convergência de várias fibras nervosas. Foi empregada, pela primeira vez, a técnica de imunolocalização para a proteína Miosina-V, no brônquio intrapulmonar, obtendo-se a marcação de todo o plexo, com um número de 396 neurônios em média no brônquio esquerdo. Já com a utilização do método para a marcação pela AChE foi obtido em média 215 neurônios. Foi detectado também que os neurônios e fibras nervosas apresentam imunorreatividade ao neuropeptídeo VIP. Concluimos que nem todos os neurônios deste plexo são colinérgicos e que tanto os neurônios, quanto os gânglios apresentam tamanhos e formatos diferentes.