Resumo

Com o objetivo investigar a existência de uma possível diferença significativa na regeneração do músculo so/eus (m. so/eus) entre animais portadores e não portadores de lesão dental periapical, foram utilizados 84 ratos Wistar, divididos em dois grupos: treinados (GT) que treinaram previamente durante oito semanas em esteira, a 30 m/minuto, 1 hora/dia, 6 vezes/semana e sedentários (GS) que permaneceram em suas respectivas caixas no biotério. Todos os animais após serem pesados e anestesiados receberam uma injeção subcutânea de 1,5 ml de solução salina com 2,3 mg de veneno da Bothrops jararacussu e aplicado 5mllk:g de peso na região lateral da perna direita, próximo ao tendão de Achilles. Os grupos (GS1, GS2, GS3, GT1, GT2, GT3) tiveram ainda a polpa do primeiro molar superior direito exposto ao meio bucal. Ficando os grupos de controles (GSC1, GSC2, GSC3, GTC1, GTC2, GTC3) respectivamente de 15, 30 e 60 dias de observação somente com a lesão muscular. Após o sacrifício, o m. soleus direito foi retirado, congelado, fixado em formol 10% cortado em micrótomo criostato (10llm) e corados com Azul de Toluidina. O maxilar foi retirado, descalcificado e incluído em parafina, cortado em micrótomo, até que a lesão periapical ficasse demonstrada, colhido em lâminas e corados com hematoxilina e eosina. Na análise dental, verificou-se que a maioria dos animais possuíam lesões periapicais aguda ou crônica. Na análise morfológica do m. so/eus para os grupos de quinze dias possuíam característica de lesão aguda, e na análise histomorfométrica (área média de fibras através do software "Vinspec" desenvolvido pelo Grupo de Semiôptica do Instituto de Física da USP), quando comparado o grupo de controle X grupo• experimental, verificou-se que não existe diferença significativa. Nos grupos de trinta dias de observação, as lesões tinham as características de lesão crônica e verificou-se que existe diferença significante a nível de p >0.005 entre os GT2 (grupos treinados 30 dias) X GTC2 (grupos treinados controles de 30 dias). Nos grupos de sessenta dias, os músculos apresentaram-se praticamente normal (regenerado) nos dois grupos. E pode-se concluir que não foi encontrada diferença significativa entre a área média de fibras do m. soleus em ratos portadores e não portadores de lesão periapical. Também não foi encontrada diferença significativa entre animais treinados e sedentários, No entanto a regeneração muscular apresentou-se significativa quando comparado os grupos entre si, durante os três períodos de 15, 30 e 60 dias.

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