Estudo Sobre a Agressividade no Ensino Fundamental do Município de Marechal Cândido Rondon - Pr
Por Sirlene Izabel Wolkmer (Autor), Herton Xavier Corseuil (Autor).
Em Caderno de Educação Física e Esporte v. 5, n 9, 2003. Da página 33 a 42
Resumo
O ensino formal tem como função construir um saber e formar homens, favorecendo a aquisição de conhecimentos transformando assim, os cidadãos em sujeitos defensores de seus interesses. Segundo MUSSEN, CONGER, KAGAN & HUSTON (1995), à medida que as crianças crescem, suas mudanças na interação social e nas brincadeiras são, até certo ponto, função da capacidade crescente de assumir papéis. A capacidade de assumir papéis parece se desenvolver através de uma série de estágios qualitativos e está correlacionada com a inteligência geral e o comportamento moral. No início da meninice, os comportamentos pró-sociais são de longe superados por respostas egoístas e agressivas. À medida que as crianças se desenvolvem, seus padrões de comportamento agressivo mudam. A agressividade atinge um pico aos 4 anos. Na escola elementar, as atitudes agressivas têm probabilidade de serem mais hostis que instrumentais. A agressividade verbal aumenta durante a pré-escola e os primeiros anos de 1o grau. As diferenças sexuais na agressividade se evidenciam dos 2 a 3 anos em diante (MUSSEN,CONGER, KAGAN & HUSTON, 1995). Não se tem como negar a existência da agressividade em escolas; apenas ela não é considerada como um mal absoluto que seria preciso conter por meio de punição. Agir exigindo mais disciplina, autoridade, severidade, reprimir, exigir cuidados, seria eliminar o problema e logo se expor ao retorno do que foi insatisfeito (recalcado), e assim um círculo vicioso de revolta e repressão se caracterizam (COLOMBIER, MANGEL & PERDRIAULT, 1989).