Resumo

o presente estudo teve como objetivo a análise da morfologia do arco plantar de esportistas de diversas modalidades para verificação dos índices de normalidade e/ou identificação de possíveis alterações decorrentes do treinamento de alto¬rendimento. Para tanto, contou com a participação de 230 atletas de categorias de base divididos em cinco modalidades: 1 - Basquete (n=60); 2- Voleibol (n=49); 3 - Futebol (n=44); 4 - Pólo aquátíco (n=38); 5 - Natação (n=39). De ambos os sexos e submetidos ao protocolo de coleta da impressão plantar, através de plantigrama que permite avaliar o ângulo da pegada de Clarke. Além da verificação das variáveis antropométricas. Após a execução dos testes para obtenção de lateral idade e dominância podal, os resultados apontam valores claros e homogêneos para os dois grupos, não havendo diferenças expressivas entre as modalidades, nem entre os sexos, pois, dos 230 avaliados, 80,4% tem a dominância podal esquerda - 75,4% para o sexo feminino e 82,4% para o sexo masculino - e somente 19,6% tem o pé direito como dominante - 24,6% para o sexo feminino e 17,6% para o sexo masculino. O acesso a calçados específicos para cada modalidade, com tecnologia adequada ao gesto motor desempenhado durante o jogo permite a predominância de pés com arcos plantares de normal a cavo e baixos escores de pés planos, permitindo a conservação da morfologia dos arcos plantares dentro dos padrões de normalidade, elevando a altura dos arcos de pés planos, pela variedade de movimentos, paradas bruscas e exigências do esporte como um todo. Porém, ressalta concomitantemente a altura dos arcos e elevando o percentual de pés cavos em detrimento da sobrecarga preconizada pela modalidade. Observa-se que não existe relação direta entre a dominância podal e os arcos plantares, verificada pelo Teste Qui quadrado de Pearson (p=O, 877). Pode-se concluir que o treinamento específico tem influência direta nos arcos plantares, devido às sobrecargas e adaptações aos tipos de terreno, sendo eles adequados ou não, propiciando um aumento na altura do arco e predispondo o indivíduo ao pé cavo, No entanto, não foi verificado o vínculo direto com a dominância podal, independente do treinamento ser no meio aquático ou não.

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