Resumo

O treinamento e a competição em eventos de resistência promovem modificações fisiológicas nos atletas. O objetivo desse estudo foi verificar os efeitos do treinamento de resistência e de uma prova de triathlon em indicadores de composição corporal, lesões musculares, inflamação, shift metabólico, stress oxidativo, alterações urinárias, estado de ansiedade e percepção de esforço. A amostra consistiu de 12 atletas do sexo masculino com experiência média de 6,5 anos de treinamento e idade 32,6 anos. Foram realizadas medidas de composição corporal em três momentos do programa de treinamento (M1, M2 e M3) e 30 minutos após a competição (M4). Nos momentos M1, M2 e após a competição foram coletadas amostras de sangue e urina. O inventário SCAI-2 foi aplicado em M-1, M-2 e M-3 e a escala RPE de Borg foi aplicada após o triathlon. Foram encontradas reduções da porcentagem de gordura por bioimpedância elétrica para as medidas realizadas antes e depois da prova. Observou-se elevação dos valores de CK, LDH, IL-6 e IL-10 apenas após a prova. Para os indicadores de shift metabólico, obteve-se aumento da linha de base do cortisol em M-2 e de cortisol e AGL em M-4. Nos indicadores de stress oxidativo, não foram encontradas diferenças significantes. Nas amostras de urina, observou-se aumento da concentração de proteínas, creatinina, hemácias e leucócitos após a prova. Não foram encontradas alterações significantes do estado de ansiedade e a percepção do esforço ao final do triathlon foi maior. Os resultados encontrados nesse estudo permitem concluir que o treinamento exerceu influência na composição corporal (BIA) e em indicadores de shift metabólico (cortisol), ao passo que a prova de triathlon provocou alterações na composição corporal (BIA), lesões musuculares (CK e LDH), inflamação (IL-6 e IL-10), shift metabólico (cortisol e AGL), urina (proteínas, creatinina, hemácias e leucócitos) e percepção de esforço dos triatletas

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