Estudos Comparativos Entre Alunos de Escola Estaduais de 1º Grau, e Alunos Portadores da Síndrome de Down, de Porto Alegre, Frente Aos Testes de Weber
Por Francisco Camargo Netto (Autor), Jane da Silva Gonzalez (Autor), André Luís Korzenowski (Autor), Cláudio Mattos Ferreira (Autor), Cristina Boito (Autor).
Em VI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A escolha dos testes de Kraus e Weber para este estudo baseou-se nos aspectos men-cionados na bibliografia, bem como na simplicidade e pouca exigência de recursos materiais, o que favorece a sua aplicação em escolas de diferentes condições, além de apresentar os seguintes fatores que os qualificam e justificam sua utilização: a) fundamentados em experiências científicas; b) ausência de contra-indicação; c) ausência de esforço máximo; d) possibilidade de medir a capacidade mínima dos músculos considerados importantes na sustentação do corpo; e) possibilidade de medir a flexibilidade extensiva por alongamento dos músculos posteriores do tronco e dos membros inferiores; f) testagens realizadas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, comprovaram sua fidedignidade e validade; g) dispêndio mínimo de tempo por aluno na aplicação dos testes; h) possibilidade de detectar desvios funcionais e debilidade muscular; i) oferece subsídios para orientação e adequação para programas de atividades físicas ou desportivas. A relevância deste trabalho sobressai, não somente em razão do que foi exposto, mas sim em função da Lei 5691 de 11/08/71, no seu artigo 3o parágrafo 1o que diz: " Aptidão física constitui a referência fundamental para orientar o planejamento, o controle e avaliação em educação física, desportiva e recreativas no nível do estabelecimento" - mas principalmente, pelos estímulos à atividade física constatados nos últimos anos, também na área da Educação Especial, que necessitam ser averiguados na sua competência. Nos últimos vinte anos, a Educação Física recebeu vários estímulos, entre os quais despontaram o esporte para todos, o desporto de alto nível e principalmente o desporto escolar através dos jogos estudantis e, nas escolas especiais, as olimpíadas especiais. Além disso, por decisão governamental, a partir de 1987, foram propostas alterações importantes nos currículos dos cursos de Licenciatura em Educação Física, entre elas a inclusão de disciplinas de educação física adaptada ao deficiente. No que se refere aos alunos de escolas especiais, os critérios que nos levaram a escolha do portador da Síndrome de Down, entre outras condições e patologias, incluem, além do fácil convívio social, a possibilidade de averiguação da hipotonia muscular e a frouxidão ligamentar descritas na literatura, através de teste funcionais. Estes fatos sugerem a análise da situação atual, frente aos testes de Kraus e Weber de alunos de 1a a 8a série de escolas estaduais e alunos portadores de deficiência - Síndrome de Down - de escolas especiais. Pois, na revisão bibliográfica realizada não há referência sobre a aplicação dos testes de Kraus e Weber em amostras com estas características.