Resumo

Através da realização do presente estudo objetivamos ouvir alunos idosos sobre sua percepção acerca da conquista da aprendizagem da natação e tecer, com a descoberta destas percepções, reflexões pedagógicas que venham efetivar o aluno idoso dentro do contexto educacional, e, especificamente, no contexto de aprendizagem e prática de atividades aquáticas. Nossas ações se justificam baseadas em nossa experimentação acadêmica e docente junto aos idosos que participam do Projeto de Extensão "idoso, Natação e Saúde" implementado no ano de 1986 junto ao Núcleo Integrado de Estudos e Apoio à Terceira Idade, do Centro de Educação Física e Desportos da UFSM e coordenado pelo Dr. José Francisco Silva Dias. Para concretizarmos nossas perspectivas, seguimos um caminho metodológico que viesse ao encontro das mesmas. Assim, esta pesquisa caracterizou-se como uma abordagem qualitativa do tipo estudo de caso, seguindo Ludke e André (1986), utilizando para a coleta de dados a técnica de entrevista semi-estruturada e para a análise dos resultados a técnica de análise de conteúdo (Bardin,1977). Os participantes da pesquisa (atores sociais) fazem parte do projeto de extensão Idoso, Natação e Saúde - NIEATI/UFSM, sendo elencados os idosos com idade igual ou superior a sessenta anos, de ambos os sexos, que em uma abordagem prévia (questionário) para caracterizar o perfil dos alunos participantes do respectivo projeto, afirmaram: "Eu Aprendi a Nadar". Através da incursão feita pelas falas dos atores sociais, identificamos o conceito, a percepção de sucesso (aprendizagem), a atribuição dada à conquista da aprendizagem e o sentido/significado da atividade na vida destes participantes. Concluída a análise das falas, tivemos ratificadas as questões com as quais temos desenvolvido nossa práxis e podemos condensar na presente consideração final. Deveríamos começar a mudar nosso comportamento de ensino, de modo a perceber e entender a variedade de exigências necessárias a facilitar um desempenho significativo de aprendizagem, realizando um trabalho mais afetivo - aparentemente um domínio de aprendizagem pouco valorizado - e consciente, pensando no aluno como sujeito central do processo pedagógico, respeitando-o e principalmente, conhecendo-o melhor, seus valores, sentimentos e percepções.

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