Eu Sou da Lira Não Posso Negar: Malandros e Capoeiras do Rio Antigo à Era Vargas.
Por Jorge Felipe Moreira (Autor), Rômulo Meira Reis (Autor), Simone Freitas Chaves (Autor).
Em XVIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e V Conice - CONBRACE
Resumo
A tese que perpassa essa pesquisa é a de que a imagem do capoeira se constrói associada à figura do malandro, ambos perseguidos pelo poder estabelecido ao longo da história, resignificando-se. Assim, o recorte temporal deste texto se situa na análise da imagem do malandro em obras literárias e sambas de 1920 a 1940 e sua íntima articulação com manifestações afro-brasileiras, especificamente a capoeira. Como conclusão consideramos que a associação samba, malandragem e capoeira, retrata traços históricos do Rio Antigo decorrentes das façanhas de Guaiamus e Nagoas que podem ter servido de inspiração para o surgimento do malandro, aportando na resignificação desse personagem no Estado Novo da era Vargas, concomitante a um embrionário processo de institucionalização da capoeira.