Resumo

Dados recentes indicam que mais de 30 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a um episódio de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Após a ocorrência do AVE, observa-se que mais de 80% dos sobreviventes apresentam fraqueza muscular contralateral à lesão encefálica e consideráveis limitações para deambulação, o que compromete a participação social desses indivíduos. Estudos prévios indicaram que Indivíduos pós-AVE apresentam deficiência em força muscular e limitações em marcha com valores aproximadamente 50% inferiores em comparação a idosos saudáveis. Por isso, esforços contínuos têm sido realizados na tentativa de identificar as mais eficazes formas de intervenção capazes de determinar modificações clínicas nas deficiências relacionadas à força muscular e nas limitações relacionadas à marcha de indivíduos pós-AVE, visando a uma prática clínica baseada em evidências. Entretanto, as principais barreiras para implementação de uma prática baseada em evidências são a falta de tempo dos clínicos para a leitura científica e a falta de habilidades para selecionar e compreender os estudos. O aumento no número de publicações científicas associado à falta de tempo e treinamento adequado para leitura e síntese da evidência desafiam pesquisadores a produzir informações sumarizadas de modo a facilitar o acesso clínico à informação de alta qualidade metodológica. Embora Guias Clínicos sejam uma alternativa para sumarizar as informações sobre uma determinada condição de saúde, o desenvolvimento de um Guia Clínico é um processo longo, e mesmo seu processo de atualização requer tempo e dedicação de inúmeros profissionais.

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