Evidências de Que Um Protocolo de Atividade Física Pode Reduzir a Contagem de Leucócitos Sinoviais de Ratos Artríticos
Por Raquel Pinheiro Gomes (Autor), Elisângela Bressan (Autor), Tatiane Morgana da Silva (Autor), Susana Cristina Domenech (Autor), Carlos Rogério Tonussi (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 1, 2013.
Resumo
INTRODUÇÃO: O exercício físico apresenta potenciais benefícios na artrite, retardando a incapacidade funcional e melhorando a função das articulações. Estudos in vivo utilizando modelos experimentais de artrite podem fornecer informações úteis sobre estes benefícios.
OBJETIVO: O propósito deste estudo foi avaliar os efeitos do exercício de baixa intensidade em um modelo de artrite induzida por CFA em ratos.
MÉTODOS: A incapacitação articular foi mensurada pelo tempo de elevação da pata em uma deambulação estimulada no período de um minuto. O edema foi avaliado pela medida do diâmetro articular do joelho. O exsudato inflamatório foi coletado após dez dias para contagem de leucócitos. O protocolo de exercício consistiu de dois minutos de deambulação no primeiro dia, dez minutos de deambulação no segundo dia e 20 minutos de deambulação do terceiro ao décimo dia. O grupo controle foi submetido a um minuto de deambulação uma vez ao dia através de dez dias. O envolvimento de corticosteroide foi avaliado pelo tratamento dos animais por aminoglutetimida.
RESULTADOS: O protocolo de exercício produziu uma pequena, mas sustentada redução da incapacitação e do edema articulares, associada a uma grande redução na contagem de leucócitos sinoviais. A aminoglutetimida preveniu apenas o efeito na contagem de leucócitos sinoviais.
CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem que uma atividade física de baixa intensidade não agrava a sintomatologia dos animais artríticos, de fato apresentando leve melhora, e ainda pode reduzir acentuadamente a migração de leucócitos para o espaço sinovial.