Evolução de Alguns Indicadores da Função Imune Antes e Depois Duma Ultramaratona de Canoagem. Um Estudo de Caso
Por José Augusto Rodrigues dos Santos (Autor).
Em IX Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
As alterações da função imune foram analisadas no sangue periférico de um canoista experiente, durante um período de treino intenso e antes e vários momentos após uma ultramaratona de canoagem. As amostras sangüíneas foram obtidas em repouso e, pelo menos, mais de 12 horas após o último momento de esforço. Foram medido o número de leucócitos e linfócitos, bem como várias subséries linfocitárias (CD3+, CD4+, CD8+, CD16+/CD56+, CD19+) e o ratio 54 eiiiiidMyiÉS^^ CD4+/CD8+. As alterações mais significativas da função imune, indiciadoras de imunodepressão, foram verificadas quer no período de treino intenso (MO) quer após a ultramaratona (M3)e exprimiram-se por marcada linfocitose(MO - 52.4% e M3 - 50.2% do total de leucócitos), elevados valores basais de linfócitos citotóxicos/supressores (MO - 41.1% e M3 - 39.8% do total de linfócitos)e /a/705CD4+/CD8+ abaixo do valor crítico de 1.5 (MO - 0.87 e M3 - 0.92). A função "natural killer"(NK), nos dois momentos acima referidos (MO e M3)apresentava-se acima dos valores de normalidade laboratorial baixando ligeiramente na fase de taperingeno períodode recuperação indiciando uma forte activaçao da função NK. Os linfócitos B demonstraram um comportamento estável, embora a maior contagem se tenha verificado na fase de treino intenso.