Resumo

O sobrepeso e a obesidade implicam na condição de excesso de peso corporal (EPC) e representam problemas importantes para a saúde dos universitários e pode estar associado a fatores diretos e modificadores de efeito. Esta dissertação foi analisar a produção científica e a associação da atividade física e do tempo sedentário em relação ao EPC em universitários. Foi composto por três artigos, o 1º artigo objetivou-se em caracterizar a prevalência e os fatores associados ao EPC em universitários, por meio de uma revisão sistemática; o 2º artigo objetivou-se em estimar as prevalências e as associações entre a prática de atividade física e o tempo sedentário em relação ao sobrepeso e a obesidade em universitários de uma instituição de ensino superior de Minas Gerais, Brasil. Os desfechos foram o sobrepeso e a obesidade e as associações estimadas via Odds Ratio (OR) por meio da Regressão Logística Multinomial; e no 3º artigo, objetivou-se em estimar os efeitos moderadores na associação entre atividade física e o tempo sedentário em relação ao EPC em universitários de uma instituição de ensino superior de Minas Gerais, Brasil. O EPC foi o desfecho e a associação estimada via Odds Ratio (OR) por meio da Regressão Logística Binária. No 1º artigo, a prevalência de EPC variou de 9,5% a 47,0% e os fatores associados como de risco de EPC foram o baixo nível de atividade física e o histórico familiar de EPC, e o fator associado como proteção ao EPC foi à prática regular de atividade física. No 2º artigo, a prevalência de sobrepeso obteve maior proporção homens e obesidade em mulheres (27,5% e 15,5% vs. 6,9% e 8,0%, respectivamente). Houve associação do tempo sedentário em relação à obesidade em homens, independente das características sociodemográficas (OR = 3,54; IC95%: 1,04 – 12,12) e de vínculo com a universidade (OR = 3,48; IC95%: 1,01 – 11,99). Após o ajuste para os comportamentos alimentares, não foi observada associação em homens (OR = 3,49; IC95%: 0,99 – 12,23). Para as mulheres não foram encontradas associações significativas. No 3º artigo, a prevalência de EPC foi de 27,8%. Os universitários insuficientemente ativos apresentaram maiores chances de EPC quando não consumiam bebida alcoólica (OR = 1,91; IC95%: 1,06 – 3,47). Além disso, os universitários com tempo sedentário ≥6 horas apresentaram menores chances de EPC, quando apresentaram maior tempo de universidade (OR = 0,62; IC95%: 0,40 – 0,95). Conclui-se que entre os estudos sobre EPC em universitários houve diferenças nos aspectos metodológicos, principalmente a não padronização da utilização dos instrumentos utilizados para mensuração do EPC da população investigada. Por meio do levantamento de informações na instituição, observou-se que a prevalência de EPC em universitários foi elevada, com homens mais propensos ao sobrepeso e mulheres à obesidade, havendo associação direta e efeitos moderadores.

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