Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar se a autosseleção da intensidade do exercício atinge as recomendações para promoção de benefícios à saúde, e as respostas psicofisiológicas em sedentários. Sete homens sedentários e aparentemente saudáveis (24,4 ± 4,0 anos de idade; IMC de 24,8 ± 3,9 kg/m2) realizaram duas sessões de exercícios na esteira por 30 min, com intensidade autosselecionada. A velocidade e a distância percorrida permaneceram ocultas. Monitorou-se a frequência cardíaca (FC), a percepção subjetiva de esforço (PSE) e a resposta afetiva (prazer/desprazer) a cada 5 min durante o exercício. Utilizou-se o teste t para amostra única comparando os valores obtidos com os limites inferior e superior de intensidade moderada recomendada, e o coeficiente de correlação intra-classe para análise de reprodutibilidade. Durante os 30 minutos de exercício, o %FC de reserva em ambas as sessões foi de 50,9 ± 9,1% e 49,6 ± 10,0%; maior que o limite inferior (P<0,04) e menor que o limite superior (P=0,06) da intensidade moderada recomendada. A PSE foi de 10,9 ± 1,0 e 9,5 ± 1,5 pontos; e a resposta afetiva de 2,7 ± 1,0 e 3,2 ± 1,1 pontos para a primeira e segunda sessão, respectivamente. Entre as variáveis analisadas, apenas a FC de repouso não apresentou reprodutibilidade entre as sessões (P>0,05). No entanto, FC média, %FC de reserva, PSE, resposta afetiva, velocidade média e distância percorrida foram reprodutíveis (P<0,05). Portanto, a autosseleção da intensidade do exercício por homens sedentários atinge a recomendação da intensidade do exercício aeróbio para promoção de benefícios à saúde, além de promover resposta prazerosa e menor percepção de esforço que a esperada para a intensidade.

Acessar