Exercício Aeróbio no Tratamento da Hipertensão Arterial e Qualidade de Vida de Pacientes Hipertensos do Programa de Saúde da Família de Ipatinga
Por Karla Pinto Chaves Oliveira (Autor), Elizabeth de Lourdes Vieira (Autor), Juliano Domingos de Oliveira (Autor), Karinna Russo de Oliveira (Autor), Fernando Joaquim Gripp Lopes (Autor), Luciene Ferreira Azevedo (Autor).
Em Revista Brasileira de Hipertensão v. 17, n 2, 2010. Da página 78 a 86
Resumo
A carga de doença cardiovascular e de mortalidade atribuída à elevação da pressão arterial estimada pelo estudo Global Burden of Disease 2000 revelou que 7,6 milhões de mortes em todo o mundo foi decorrente de uma pressão sistólica acima de 115 mmHg, o que correspondeu a 14% de todas as mortes no mundo em 2001. Aproximadamente 80% delas ocorreram em países de baixo e médio desenvolvimento e em faixas etárias compreendidas entre 45 e 60 anos de idade, acarretando enormes prejuízos financeiros aos sistemas de saúde em todo o mundo. Outro importante aspecto a ser considerado é que essas taxas de mortalidade estiveram relacionadas a valores de pressão arterial considerados normais (115 mmHg), portanto abaixo dos limites de 140 X 90 mmHg recomendados para intervenção pelas Diretrizes. Em outras palavras, a pressão arterial, o componente de risco mais importante para a carga populacional de morbidade e mortalidade, está fora do alcance das medidas de intervenção. O desafio é enorme. Assim, enquanto as evidências de benefícios de tratamento para indivíduos nessa situação, que representam um contingente excepcional da população geral, não são geradas, a implementação de medidas de prevenção primária em larga escala se torna imperativa e altamente custo-efetiva para frear o avanço dessas doenças. Nesse sentido, as modificações de estilo de vida estão definitivamente comprovadas como eficazes e devem ser estimuladas para a população geral e para os grupos de maior risco. Convém destacar ainda que a faixa etária pediátrica deve ser o alvo para implantação dessas medidas.