Exercício de Força Combinado Restrição de Fluxo Sanguíneo Induz Aumentos Agudos na Pressão Arterial Sistólica
Por Michely Vieira Andreatta (Autor), Vitor Marqueti Arpini (Autor), Marcos Vinícius Costa Baldi (Autor), Victor Magalhães Curty (Autor), Miguel ângelo Alves do Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 26, n 4, 2018.
Resumo
Recentemente cresceu o número de pesquisas sobre o exercício de força (EF) de baixa intensidade (20-50% de 1RM) combinado à restrição do fluxo sanguíneo (RFS), mostrando adaptações semelhantes ao EF de alta intensidade. Entretanto, muitas questões sobre essa metodologia necessitam ser investigadas. O objetivo desse estudo foi analisar a resposta aguda da pressão arterial em repouso e durante o EF combinado à RFS. Dezesseis jovens (22±2 anos de idade), ativos e de ambos os sexos, realizaram o EF em duas diferentes condições, separadas por um intervalo de 48h: 1) Exercício isolado (EF) e 2) Exercício combinado à RFS (EF+RFS, 100mmHg, porção proximal da coxa, mantida durante o exercício). Ambos realizaram 3 séries no exercício leg press com o membro dominante, à 30% de 1RM, 1 minuto de descanso, duração de 90 segundos cada série e cadência de 2 segundos, totalizando 22 repetições para a fase concêntrica e 23 para a fase excêntrica do movimento. Foram avaliadas a pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), duplo produto (DP) e lactato sanguíneo nos momentos: repouso e imediatamente após o exercício. Foi observado apenas aumento significativo da PAS e do DP em repouso e da PAS durante o EF+RFS. Não observamos alterações significativas à condição EF. O lactato sanguíneo não se alterou em nenhuma condição avaliada. Concluindo que o exercício de força com restrição de fluxo sanguíneo apresentou maiores respostas de pressão arterial sistólica em repouso e durante o exercício em indivíduos jovens ativos.