Exercício de Força Como Estratégia de Intervenção na Marcha de Pacientes com Encefalopatia Crônica Não Evolutiva
Por Guilherme Goncalves dos Reis (Autor), Matheus Batista Peres (Autor), Raphael Lopes Olegário (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: O exercício de força vem sendo amplamente defendido como abordagem eficiente para a melhoria da função da marcha em pacientes com Encefalopatia Crônica Não Evolutiva (ECNE). A ECNE, também chamada Paralisia Cerebral é uma condição sequelar permanente, causada por danos no encéfalo imaturo, que impacta no desenvolvimento motor, postura e, consequentemente, no equilíbrio e marcha. A função da marcha está diretamente relacionada à autonomia e qualidade de vida do paciente, sendo, portanto, de fundamental importância o seu desenvolvimento. OBJETIVO: Analisar os efeitos do treinamento de força sobre a marcha de pacientes com ECNE. MÉTODO: O estudo foi realizado por meio de uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scholar Google, retomando um total de 13 resultados, sendo que na primeira foram buscados estudos que continham no título os termos "Cerebral Palsy" AND "Strength Training" AND "Gait Function" e na segunda "Cerebral Palsy" "Gait" "Resistance Training" OR "Strength Training". Foram excluídos os estudos que combinavam o treinamento de força a outras abordagens terapêuticas e por fim foram selecionados 3 estudos. RESULTADOS: Todos os estudos analisados apontaram aumento da velocidade da marcha, redução da cadência e, consequentemente, relataram melhora no padrão da marcha. Principalmente, pelo aumento da força muscular. Os autores. Eek, M. N. et. al. (2008) e Jung, J. W; Her, J. G; Ko, J (2013) avaliaram ainda a coordenação motora grossa, por meio dos escores GMFM, antes e depois de um programa de treino, em que também percebeu-se melhora significativa, conforrme pode ser observado no quadro abaixo. CONCLUSÕES: Devido à escassez de estudos acerca das influências do exercício de força de forma isolada sobre a marcha em pacientes com ECNE, ainda é difícil defender a sua aplicação em amplo espectro. Entretanto é preciso reconhecer que os poucos estudos existentes, trazem bons resultados e são capazes de demonstrar que, em alguns casos de PC o exercício resistido é capaz de melhorar além da força de membros inferiores, o padrão da marcha e a eficiência do passo.