Exercício em Diferentes Intensidades e Estresse Oxidativo no Músculo Esquelético de Ratos
Por Michel Barbosa de Araújo (Autor), Fabrício Azevedo Voltarelli (Autor), Maria Alice Rostom de Mello (Autor), Fúlvia de Barros Manchado (Autor), Ricardo Vinicius Ledesma Contarteze (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
São raros os estudos que associam variáveis metabólicas a intensidades de
esforço em ratos. O presente estudo foi delineado para investigar os efeitos do
exercício de corrida em esteira rolante em duas intensidades distintas sobre
peroxidação lipídica (quantidades de substancias que reagem ao ácido
tiobárbiturico [TBARs]), produção de enzimas antioxidantes (atividade da
enzima catalase [CAT] ) e de atividade celular (enzima fosfatase alcalina [FA])
no músculo gastrocnêmio de ratos. Ratos adultos (90 dias), da linhagem Wistar,
tiveram a Máxima Fase Estável de lactato (MFEL) determinada durante exercício
de corrida em esteira rolante, para tanto, cada animal foi submetido a testes de
exercício por 25 minutos, em velocidades entre 10 a 25m/min, com coletas de
sangue em repouso e a cada 5 minutos de exercício para dosagem de lactato.
Em seguida, os ratos foram separados em 3 grupos: sedentário, treinado MFEL
(40 minutos/dia, 5 dias por semana, na velocidade da MFEL) e treinado SupraMFEL (40 minutos/dia, 5 dias por semana, em velocidade 5 % da MFEL), por
8 semanas. A MFEL foi obtida na velocidade 20m/min, à concentração
sanguínea de lactato de 4,0+0,3mmol/L. A analise estatística foi efetuada pela
aplicação de ANOVA One-Way, pré fixando-se o nível de significância em 5%.
Não houve diferença entre os grupos com relação a TBARs (nmol MDA/mg
Proteína): treinado MFEL = 7,74+1, 42, treinado Supra-MFEL = 7,48+1,7 e
sedentários = 8,34+2,72; CAT (umol/min. mg proteína): MFEL = 0,44+0,
20, treinado Supra-MFEL = 0,28+0,07 e sedentários = 0,48+0,25 e FA (U/
g): MFEL = 0,03+0, 01, treinado Supra-MFEL = 0,02+0,01 e sedentários =
0,03+0,02. Esses resultados sugerem que o treinamento físico por corrida em
esteira rolante nas intensidades avaliadas não provocou estresse oxidativo na
musculatura esquelética dos ratos.