Exercício Físico Agudo e Hipertensão Arterial em Idosos: Revisão Sistemática
Por Thaís Amanda Reia (Autor), Roberta Fernanda da Silva (Autor), André Mourão Jacomini (Autor), Ana Maria Guilmo Moreno (Autor), Anderson Bernardino da Silva (Autor), Anderson Saranz Zago (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 26, n 4, 2020.
Resumo
À medida que a população envelhece, aumentam os agravos de saúde, entre eles, a hipertensão arterial (HA) destaca-se como uma das doenças de maior prevalência na população idosa. O exercício físico regular tem sido recomendado para indivíduos hipertensos, entretanto devido à variedade com que o exercício pode ser realizado, diferentes respostas agudas podem ser obtidas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo consistiu em realizar uma revisão sistemática sobre o efeito agudo do exercício físico na pressão arterial (PA) em idosos hipertensos e sua aplicabilidade para o tratamento da HA. A busca foi realizada a partir de bancos de dados eletrônicos disponíveis no Pubmed/Medline, Scopus e Bireme de 2008 a 2018, utilizando os termos “acute physical exercise and hypertension and elderly”. Foram encontrados 592 artigos e, após aplicar os critérios de inclusão, foram selecionados nove artigos que fizeram parte da análise, os quais avaliaram o efeito agudo da sessão de exercício e o efeito agudo da sessão após um período de treinamento em indivíduos hipertensos, com idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos. Os resultados apontam que apesar da heterogeneidade nos métodos de treinamento, todos os protocolos de intervenção utilizados nesses estudos foram eficazes na promoção da redução da PA pós-exercício quando comparados ao grupo controle. No entanto, ainda existe uma lacuna na literatura revisada em relação ao tempo de manutenção da hipotensão pós-exercício (HPE) em idosos. Essa informação poderia sugerir por quanto tempo os praticantes estariam “protegidos” dos elevados valores pressóricos e seus riscos para a saúde e auxiliar no planejamento das sessões de exercício físico, justamente quando o efeito hipotensor estivesse deixando de se manifestar. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos–Investigação dos resultados do tratamento.