Resumo

O presente estudo teve como objetivos: 1) verificar os efeitos do treinamento físico de alta intensidade sobre aspectos metabólicos e endócrinos em ratos diabéticos experimentais; 2) analisar as inter-relações deste treinamento com parâmetros relacionados às respostas de estresse decorrentes da realização do exercício físico e da condição diabética. Ratos machos jovens Wistar foram distribuídos em 4 grupos experimentais: CS - controle sedentário; CT - controle treinado; DS - diabético sedentário; e DT - diabético treinado. A indução do diabetes aconteceu por administração de aloxana (35mg/Kg de peso corporal) por via endovenosa. O treinamento físico consistiu na realização de 4 séries de 10 saltos em piscina, suportando sobrecarga equivalente a 50% do peso corporal, 5 vezes por semana durante 6 semanas. Ao final da 6a semana os animais foram sacrificados na condição de repouso para retirada de tecido muscular, adiposo, hepático, cardíaco, além das glândulas supra-renais. O sangue foi utilizado para determinação da glicose, insulina, hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), corticosterona e lipídeos séricos. Os resultados indicaram que o treinamento físico favoreceu o perfil lipídico dos animais, reduzindo os níveis de lipídeos totais, ácidos graxos livres (AGL), colesterol total e das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) do soro dos ratos diabéticos. O programa de exercício físico intenso também influenciou o metabolismo muscular, aumentando a massa muscular total e as concentrações de glicogênio e proteínas no grupo diabético treinado. Além disso, o treinamento resultou no aumento do DNA muscular tanto no grupo controle quanto no diabético. Não foram observadas influências do diabetes ou do treinamento sobre as concentrações de ACTH, corticosterona e colesterol adrenal. Contudo, o treinamento físico reduziu a hipertrofia da glândula supra-renal gerada pelo diabetes experimental. Pode-se concluir que o treinamento físico intenso favorece os metabolismos de carboidratos, proteínas e gorduras, além de melhorar as respostas crônicas de estresse de ratos diabéticos experimentais.

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