Resumo

A massificação da prática de exercícios físicos é um dos maiores progressos em termos de saúde pública nestes últimos anos. Entretanto, restam dúvidas quanto à efetividade dessas atividades feitas de forma espontânea e, principalmente, quanto aos exageros que podem ser prejudiciais à saúde. O objetivo deste estudo foi investigar se, e como, os praticantes de exercícios físicos nas ruas de Florianópolis-SC prescrevem e controlam as sessões com relação aos critérios de duração, freqüência e intensidade. Foram escolhidos, acidentalmente, 100 indivíduos de ambos os sexos, que praticavam exercícios físicos na avenida Beira-Mar Norte, aos quais foi aplicado um questionário que buscava investigar o nível de informação sobre a duração, a freqüência e a intensidade das sessões. O tratamento dos dados foi realizado por meio de estatística descritiva. Os resultados mostraram que mais da metade dos indivíduos - 56,2% - que praticam exercícios por conta própria tem a noção de que algum controle deve ser exercido. Mas a grande maioria - 98% - descreveu métodos incorretos de controle, ainda que 44,3% tenham declarado exercitar-se para manter a saúde e 8,9% terem dito que fazem isso por indicação médica. Ou seja, há boas possibilidades de que seus objetivos não estejam sendo atingidos em sua plenitude. Conclui-se que muito há para ser feito. Não basta convencer a população de que praticar exercícios é bom para a saúde. É necessário propiciar mais informações sobre quanto e como fazê-los. Esse papel deve ser desempenhado por profissionais da área da Saúde e da Educação Física.

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