Resumo

A alta incidência de pacientes com doença de Alzheimer e seu consequente impacto social e econômico, fazem crescer o esforço de pesquisadores interessados na investigação científica com a aplicação de métodos progressivamente mais refinados, como os marcadores biológicos. Estes marcadores podem ajudar a compreender os mecanismos pelos quais o exercício físico, como uma alternativa de tratamento não farmacológica, pode contribuir para retardar a evolução da doença. Nesta perspectiva, esta tese foi estruturada em forma de dois artigos. O primeiro teve como objetivo verificar possíveis mudanças nos níveis séricos do fator neurotrófico derivado do cérebro (Brain Derived Neurotrophic Factor BDNF) após um programa de exercício multimodal, de quatro meses de duração, em pacientes com diagnóstico clínico de doença de Alzheimer (DA) nos estágios leve e moderado da doença. Participaram do estudo 29 pacientes com DA, divididos em subgrupos de acordo com o escore de avaliação clínica de demência (CDR). Os pacientes que estavam no estágio leve foram classificados como CDR 1 e no estágio moderado, como CDR 2. Assim, os seguintes subgrupos foram formados: 1) CDR1 grupo de exercício físico n=10; 2) CDR 2 grupo de exercício físico n=4; 3) CDR1 grupo de convívio social n=6; 4) CDR 2 grupo de convívio social n=9. Todos os pacientes participaram de uma bateria de avaliação, incluindo os seguintes testes: Questionário Baecke Modificado para Idosos, Mini Exame do Estado Mental; Montréal Cognitive Assessment; Teste do Desenho do Relógio, Escala de Depressão Geriátrica, além de realizarem avaliação sérica dos níveis de BDNF. Após quatro meses de intervenções foi observado que os pacientes que estavam no estágio moderado da doença, que fizeram parte grupo de exercício físico, tiveram aumento dos níveis séricos de BDNF. Mostrando que tal protocolo pode ser favorável para pacientes com estas condições...
 

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