Resumo

A síndrome metabólica tornou-se grave problema médico-social tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento e o consumo excessivo de frutose na dieta parece ter papel importante nessa questão. Dessa forma, é de grande interesse o desenvolvimento de procedimentos mais efetivos para prevenção e tratamento desta doença. Um dos procedimentos que merece investigação é o exercício físico. O presente estudo visou avaliar os efeitos singulares de três protocolos de exercício físico na prevenção e tratamento de complicações metabólicas desencadeadas por uma dieta rica em frutose. Numa primeira série de experimentos, visou-se analisar os efeitos de uma dieta rica em frutose sobre biomarcadores hepáticos e da síndrome metabólica em ratos. Foram utilizados ratos da linhagem Wistar que a partir dos 120 dias de idade, foram separados em dois grupos, conforme a dieta: controle (ração comercial para roedores labina ®) e frutose (dieta semipurificada com 60% de frutose). Ao final foram analisados tolerância à glicose (teste de tolerância oral à glicose), sensibilidade periférica à insulina (teste de tolerância à insulina), marcadores de esteatose hepática não alcoólica (EHNA) (concentrações séricas de alanina aminotransferase - ALT, aspartato aminotransferase - AST). Foram, ainda, determinados no fígado: concentrações de lipídios totais e de triglicerídeos, taxa de lipogênese hepática, biomarcadores do sistema de defesa antioxidante (atividade das enzimas catalase - CAT e superóxido dismutase - SOD) e de peroxidação lipídica (substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico – TBARs) e histologia hematoxilina-eosina. Os animais alimentados com dieta rica em frutose apresentaram uma redução na tolerância à glicose, hiperinsulinemia, resistência à insulina, aumento na glicose e nos triglicerídeos circulantes, aumento na relação AST/ALT, acúmulo de gordura no fígado e no tecido adiposo...

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