Resumo

Tácito Pessoa Souza Junior, Benedito Pereira


A prática regular de atividade física não-exaustiva é geralmente recomendada como meio de se controlar processos desencadeadores de doenças degenerativas. Contudo, estudos sobre estresse oxidativo demonstraram que o aumento no consumo de oxigênio (O2) intracelular pode, paralelamente, favorecer a ocorrência de lesões oxidativas em biomoléculas. No caso da prática esportiva, essas lesões podem assumir dimensões ainda maiores devido à competição ou ao ritmo intenso de treinamento diário a que os atletas são submetidos. Estresse oxidativo relaciona-se com o desequilíbrio ocorrido no organismo em favor da formação de superóxido (O2•-), peróxido de hidrogênio (H2O2) e radical hidroxil (•OH), dentre outros, denominados por espécies reativas de oxigênio (EROs), em detrimento das defesas antioxidantes químicas (vitamina C, E, carotenos, fenóis, etc.) e enzimáticas (superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase, etc.) disponíveis. Essas espécies químicas são consideradas as principais responsáveis em caso de ocorrência de estresse oxidativo durante o exercício físico, sendo o •OH a mais lesiva (oxidante) de todas. Portanto, apesar de a atividade física moderada ser freqüentemente relacionada com saúde, alguns efeitos colaterais provocados pela atividade física intensa podem resultar em alterações prejudiciais à funcionalidade celular. Dentre essas lesões, a peroxidação lipídica é a que vem sendo mais estudada, sendo que neste trabalho, pretende-se revisar o conhecimento existente sobre esse tema.

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