Exercício Físico e Memória
Por Daniela Lopes dos Santos (Autor), Marisa Ely Milano (Autor), Renata Rosat (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 12, n 1, 1998. Da página 95 a 106
Resumo
A memória é susceptível às influências endógena, hormonal e neuro-humoral especialmente
logo após a aquisição da informação. A amígdala, o septo medial, o hipocampo e o córtex entorrinal estão
envolvidos nos processos de consolidação, armazenamento e evocação. A resposta ao problema dos
mecanismos de armazenamento podem encontrar-se tanto pelo caminho da potenciação de longa duração
como pelo das redes neurais, através de uma interação complementar. A modulação da memória enfoca a
atenção na análise das condições sob as quais a consolidação da memória pode ser alterada. Uma informação
adquirida em determinado contexto neuro-humoral será melhor evocada se durante o processo de evocação o
contexto neuro-humoral for similar ao do momento da aquisição, caracterizando a existência de uma
"dependência de estado". Existem evidências que a retenção é modulada pela liberação ou administração
periférica pós-treino de hormônios normalmente liberados por experiências emocionais e estresses, tais como:
catecolaminas, ACTH, vasopressina, além do peptídeo opióide b-endorfina. Os hormônios e opióides
envolvidos na regulação da memória também estão envolvidos na regulação homeostática do exercício.
Estudos têm demonstrado que a liberação das catecolaminas, vasopressina, ACTH e b-endorfina é estimulada
pelo exercício, fazendo-se uma relação do efeito do exercício na regulação da memória, especialmente
exercícios intensos e os moderados de longa duração.
UNITERMOS: