Resumo
Resumo: A obesidade é um dos maiores problemas de saúde do mundo. A inatividade física associada a uma ingestão alimentar excessiva e rica em calorias é o maior preditor para várias doenças crônicas observadas em fazes mais tardias da vida. Avaliar o impacto de um programa de exercício físico moderado em ratas (ao longo da vida e na gestação) em bloquear/atenuar a instalação de obesidade induzida por superalimentação na prole. Metodologia: ratas Wistar foram submetidas a um treinamento físico moderado [esteira rolante; 3x/semana durante 13 semanas] 21-90 dias de vida, incluindo a gravidez. No mesmo período o grupo controle permaneceu sedentário. Para garantir a superalimentação prole, os filhotes com três dias de vida, foram aleatoriamente reduzidos para três filhotes / lactante preferencialmente do sexo masculino (ninhada reduzida-NR) ou 9 filhotes / lactante (Ninhada normal-NN). Os filhotes, de ambos os grupos, mãe exercitadas e sedentárias, foram aleatoriamente subdivididas em 4 subgrupos: [ninhada normal-mãe sedentária (NN-MS), ninhada reduzida-mãe sedentária (NR-MS), ninhada normal-mãe exercitada (NR-ME) e ninhada reduzida-mãe exercitada (NR-ME)]. Todos os grupos permaneceram sedentários do nascimento até os 90 dias de vida. Ao longo de todo período experimental foram avaliados ganho de peso corporal (PC) e ingestão alimentar. Depois de adultos os ratos foram anestesiados e sacrificados para retirada dos principais estoques de gordura: Ováriana (OVA), periepididimal (PER), retroperitoneal (RET), mesentérica (MES) e inguinal (ING). Resultados: As ratas exercidas demostraram uma media de PC de 9,86%, 7,55% e 11 , 20% maior de 21 a 90 dias de idade, durante a gravidez e a lactação respectivamente, quando comparadas as sedentárias (p <0,05). A ingestão alimentar das mães exercitadas aumentou em média 21,36%, 23,87%, durante a gravidez e lactação, respectivamente, em comparação as mães sedentárias. Mães exercitados apresentaram menores estoques de de gordura corporal do que as não treinadas (p <0,05). A prole de NR de mães sedentárias ou exercidos apresentaram maior PC, ingestão alimentar e reservas de gordura corporal do que animais de NN (p <0,05). O treinamento físico moderado aplicado as fêmeas inclusive durante a gestação não alterou o surgimento da obesidade em suas proles submetidas à superalimentação no inicio da vida.
