Exercício Físico na Doença Renal Crônica: Impactos da Hidroginástica e Musculação na Saúde Geral
Por Amaro Wellington da Silva (Autor), Meteus Conti Rodrigues (Autor), Lucas Matheus Feitosa Santos (Autor), Samara Bonfim Gomes Campos (Autor), Juliana Célia de Farias Santos (Autor), Maria do Socorro (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
Pessoas com doença renal crônica (DRC) apresentam reduções na capacidade funcional, fadiga e limitações nas atividades cotidianas, comprometendo a qualidade de vida. O exercício físico é uma estratégia segura e eficaz no manejo da DRC, favorecendo a manutenção da funcionalidade e percepção de saúde. OBJETIVO: Investigar os efeitos do exercício físico (hidroginástica e musculação) sobre o estado geral de saúde de pacientes com DRC em estágio conservador. METODOLOGIA: Estudo quase-experimental, delineamento longitudinal. Intervenções compostas por treinamento aquático (2x/sem, 60 min/sessão) e musculação (3x/sem, 60 min/sessão), realizadas ao longo de 2 anos (hidroginástica), ou 9 meses (musculação), não consecutivos. As variáveis avaliadas incluíram medidas morfológicas (altura, peso, IMC, circunferências da cintura e quadril, RCQ), hemodinâmicas (pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca), funcionais (teste sentar e levantar, força de preensão manual, flexibilidade e teste de caminhada de 6min), e aspectos subjetivos (percepção de saúde, fadiga, nível de humor e escala de dor). Os dados foram analisados com teste de normalidade de Shapiro-Wilk e teste t pareado (p<0,05). RESULTADOS: Participaram 29 pacientes, 46,7±15,1 anos: 10 realizaram hidroginástica, 14 musculação e 5 ambos. A frequência média total foi de 51,1±22,5%. Observou-se melhora estatística na circunferência do quadril (p=0.048) e frequência cardíaca (p=0.029) na amostra total. Não houve mudanças significativas nas variáveis funcionais. A musculação associou-se à melhora na percepção de fadiga (p=0.008) e saúde (p=0.055); a hidroginástica, à melhora na percepção de saúde ao longo do tempo (p=0.028). Houve reduções significativas da dor, especialmente em MMII: pernas (p=0.036) e pés(p=<0.001) na amostra total. CONCLUSÃO: O exercício físico pode contribuir para o cuidado integral da saúde de pessoas com DRC, reforçando seu valor terapêutico.