Exercício Físico no Diabetes Mellitus Tipo 2. Revisão Integrativa Para Prática Baseada em Evidência
Por Gustavo Rocha Resende (Autor), Priscilla Rosa Queiroz Ribeiro (Autor), Eduardo Vignoto Fernandes (Autor), David Michel de Oliveira (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 26, n 281, 2021.
Resumo
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma desordem metabólica, multifatorial caracterizada por hiperglicemia e disfunção vascular com prevalência em países em desenvolvimento e impacto negativo para saúde pública. Além do tratamento farmacológico e a dietoterapia, o exercício físico é considerado importante estratégia para o controle e prevenção do DM2, entretanto seus efeitos e dose respostas não estão totalmente esclarecidos. Um estudo de revisão integrativa poderia contribuir para prática clínica baseada em evidências. Objetivo: Revisar estudos publicados em periódicos brasileiros sobre efeitos do exercício físico no DM2. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada por pesquisa eletrônica nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizou-se os unitermos: diabetes tipo 2; exercício físico; efeitos clínicos; benefícios, incluiu-se estudos observacionais, longitudinais, clínicos e estudos de casos com humanos publicados em periódicos brasileiros entre 2013 e 2018. Resultados: Na BVS não foram encontrados artigos que atendiam os critérios de elegibilidade. Na Scielo, foram encontrados 96 resultados, 4 artigos (3 clínicos quase experimentais e 1 longitudinal), foram compatíveis com os critérios de elegibilidade. Conclusão: O exercício de caminhada pode ser prescrito para iniciantes, entretanto seus efeitos em variáveis bioquímicas ocorrem em longo prazo; os programas de exercício concorrentes e multicomponente demonstraram efetividade na aptidão funcional e controle bioquímico, portanto sugere-se estes modelos propostos como parte do programa terapêutico para portadores de DM2.