Exercício físico, sistema imunológico e covid-19
Por Eduardo Seixas Prado (Autor).
Parte de Atividade física, exercício e esporte no contexto da pandemia decorrente da Covid-19: reflexões, prognósticos acerca da prática em diferentes contextos de saúde e desempenho humano . páginas 75 - 86
Resumo
A pandemia da doença do coronavírus 2019(COVID-19), causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), um novo coronavírus conhecido por infectar humanos, tem exigido a mobilização de todos os recursos e estratégias possíveis para lutar contra a sua propagação (YUKI; FUJIOGI; KOUTSOGIANNAKI, 2020). Obviamente, o atendimento ao isolamento, o distanciamento social, o uso de equipamentos de proteção e higiene individuais são importantes para diminuição dos riscos desse vírus para a população, mas estratégias para aumentar a resposta imune ao vírus é, especialmente, importante para impedir seu avanço e complicações à saúde (GASPARYAN et al., 2020). Indivíduos com mecanismo de defesa imunossuprimida são mais suscetíveis a mortes por COVID-19 (DIXIT, 2020). Idosos, indivíduos com hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e câncer apresentam maior risco de mortalidade (STEIN, 2020). Nesse contexto, o treinamento físico moderado tem sido apontado como um recurso que proporciona efeitos imunoprotetores por estarem associados aos efeitos cumulativos das alterações positivas agudas diárias, que ocorrem durante cada sessão de exercício físico (DIXIT, 2020). Para entender melhor a relação do exercício físico, sistema imunológico e a COVID-19, aqui serão apresentadas algumas considerações básicas do sistema imunológico e o efeito do exercício físico prolongado sobre o sistema imune. Finalmente, serão discutidos os atuais conhecimentos sobre os efeitos do exercício físico como recurso auxiliar na prevenção e controle da COVID-19.