Resumo

Em pacientes com doença renal crónica, a qualidade e a quantidade óssea podem deteriorar-se devido a diversos fatores. Dentro do conceito em que os hormônios são regulados por um ciclo de reciprocidade, estudos têm indicado a possiblidade da participação do osso no metabolismo energético. O objetivo deste estudo foi verificar alterações na densidade óssea, níveis de osteocalcina e leptina de homens com doença renal, em hemodiálise, após aplicação de um programa com exercício físico resistido. Este estudo incluiu 18 pacientes do sexo masculino em hemodiálise (47,2 ± 11,9 anos; 46,5 (17,0 – 82,7) meses de hemodiálise), divididos em grupo exercício (n= 10) e grupo controle (n= 8). O sangue foi coletado antes e após a intervenção. Níveis plasmáticos de osteocalcina e leptina foram medidos. A densidade mineral óssea foi avaliada por absortometria de Raio X de dupla energia. O programa de exercício supervisionado foi aplicado 3 vezes por semana (72 sessões). Após a intervenção, houve melhora da densidade óssea do colo do fémur no grupo exercício (de 0.89 para 0.94, p= 0.04) e piora no grupo controle (de 0.88 para 0.86 p= 0,02). Os níveis de leptina correlacionaram-se inversamente com a densidade óssea do trocânter femoral no grupo exercício após o programa de exercício (r= -0,67, p= 0,032). Em conclusão, estímulos osteogénicos podem ser desencadeados pelo exercício nos pacientes do sexo masculino em hemodiálise.

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