Exercício Resistido: Uma Revisão Sobre Seus Aspectos Hemodinâmicos e Autonômicos
Por Aline de Freitas Brito (Autor), Maria do Socorro Brasileiro-Santos (Autor), Thereza Karolina Sarmento Nóbrega (Autor), Adriana Sarmento de Oliveira (Autor), Amilton da Cruz Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 19, n 3, 2011. Da página 99 a 119
Resumo
Vários estudos têm tentado analisar quais as principais adaptações provocadas pelo exercício resistido sobre o sistema cardiovascular. Seguindo esta linha, essa revisão objetivou examinar sistematicamente os aspectos hemodinâmicos e autonômicos envolvidos no exercício resistido, em indivíduos aparentemente saudáveis ou em portadores de cardiopatias. A busca foi feita utilizando as bases de dados Medline, Scielo, Sportdiscus e Lilacs. Foram encontrados 4738 estudos. Destes, apenas 40 foram incluídos por contemplar aspectos hemodinâmicos e/ou autonômicos no exercício resistido em humanos. Foi observado que o exercício resistido promove agudamente reduções significativas na pressão arterial em jovens e em hipertensos em torno de -6mmHg para a pressão arterial sistólica e -4mmHg para a pressão arterial diastólica. Para a modulação autonômica cardíaca o treinamento resistido aplicado por um período superior a 16 semanas tem influência na atividade nervosa autonômica cardíaca, através de um aumento no componente parassimpático e reflexivamente um maior controle no componente simpático, beneficiando o público que possui alterações nesse mecanismo. Contudo, a magnitude dessas alterações pode variar de acordo com o protocolo de exercício adotado. Todavia, poucos estudos enfocaram os aspectos autonômicos agudamente, indicando a necessidade de mais investigações nessa perspectiva.