Exercícios com Pesos Sobre as Respostas Afetivas e Perceptuais
Por Ragami Chaves Alves (Autor), Sandro dos Santos Ferreira (Autor), Mariana Lopes Benites (Autor), Kleverton Krinski (Autor), Lucio Follador (Autor), Sergio Gregório da Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 3, 2015. Da página 200 a 206
Resumo
introdução: Sensações de prazer/desprazer são moduladas de acordo com as intensidades prescritas para o exercício, demonstrando uma relação simples, onde quanto mais intenso o estímulo, maior o esforço percebido. Objetivo: Verificar as diferenças entre as respostas perceptuais e afetivas agudas em diferentes intensidades de exercícios com pesos em mulheres idosas. Métodos: Quatorze mulheres com idade entre 65 e 75 anos, previamente sedentárias, com sobrepeso, foram submetidas a três diferentes intensidades de treinamento com pesos: 35% e 70% de 1RM, autosselecionada. Foram avaliados o afeto e a percepção subjetiva do esforço (PSE). Após 30 minutos do término da sessão, foi avaliada a percepção subjetiva do esforço da sessão (PSE-S). Foi utilizado o teste de variância One-way ANOVA de um fator de medidas repetidas para as variáveis dependentes PSE-S, PSE e afeto, seguido de post hock de Tukey. Resultados: A PSE-S demonstrou diferença significativa da testagem (F (7,99) =15,358; p=0,001) entre as intensidades, assim como para PSE entre cada exercício. A PSE-S, para 35% de 1RM, foi menor, quando comparada à PSE-S para 70% de 1RM, e à intensidade autosselecionada. A intensidade de 70% de 1RM, quando comparada com a intensidade autosselecionada, não apresentou diferença significativa. Em relação a PSE nos exercícios, foi observado um esforço significativamente maior (p < 0,001) para 70% de 1RM, quando comparados com a autosseleção da carga. O afeto revelou diferença significativa na intensidade de 35% de 1RM, mostrando uma resposta mais prazerosa, quando comparado à carga de 70% de 1RM, e à autosseleção da carga. Conclusão: Os resultados demonstraram que baixas intensidades são percebidas como menor esforço e este fato contribuiu para a produção de respostas afetivas mais prazerosas. Além disso, fatores interindividuais são capazes de modular estas respostas, possibilitando a diminuição da percepção do esforço em intensidades mais vigorosas.