Existe associação entre a contração do assoalho pélvico e a qualidade de vida de acordo com a função sexual de mulheres jovens? Um estudo transversal
Por Jordana Barbosa Silva (Autor), Ariani Cavazzani Szkudlarek (Autor), Ana Paula Massua Valadão (Autor), Rubneide Barreto Silva Gallo (Autor), Raciele Ivandra Guarda Korelo (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência e Movimento v. 30, n 2, 2022.
Resumo
A função sexual feminina está relacionada a função da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e parece ter inferência sobre a qualidade de vida das mulheres. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a função sexual feminina com a contração da MAP e qualidade de vida de mulheres jovens. Este é um estudo transversal que incluiu 45 universitárias ativas sexualmente. A função sexual foi avaliada pelo Female Sexual Function Index (FSFI), classificando as participantes com e sem disfunção sexual feminina. A qualidade de vida foi mensurada utilizando o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-100). A função da MAP foi avaliada por meio da contração voluntária máxima (CVM), sustentada (CVS) e contração voluntária até a fadiga (CVF) foram avaliadas por eletromiografia de superfície. Teste qui-quadrado de Pearson e teste t de Student foram utilizados para comparar mulheres com e sem DSF, com nível de significância de 5%. As universitárias foram classificadas com (n=33; 20,2±2,2 anos) e sem (n=12; 20,4±3,8 anos) risco para DSF. Mulheres com DSF apresentaram menores escores dos diferentes domínios do FSFI e no WHOQOL-100. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativa para os valores obtidos na CVM, CVS e CVF entre mulheres com ou sem DSF. Mulheres jovens com DSF apresentam escores menores nos diferentes domínios da função sexual e na qualidade de vida, principalmente no domínio relações sociais. A contração da MAP não diferiu entre mulheres com e sem DSF.