Existe Diferença nos Sintomas do Burnout Entre Jovens Tenistas Brasileiros?
Por Hiago Luan Rolla Martins (Autor), Franco Noce (Autor), Camila Cristina Fonseca Bicalho (Autor), Felipe Gustavo dos Santos (Autor), Daniel Alvarez Pires (Autor), Varley Teoldo da Costa (Autor).
Resumo
O presente estudo teve como objetivos a) comparar por sexo a incidência do burnout em jovens tenistas brasileiros e b) verificar se há diferenças, dentro dos grupos masculino e feminino, na percepção das dimensões do burnout nos tenistas avaliados. A amostra foi composta por 161 tenistas (14,21 ± 1,57 anos), sendo 99 homens (14,19 ± 1,51 anos) e 62 mulheres (14,24 ± 1,69 anos). Os participantes preencheram o Questionário de Burnout para Atletas (QBA). Utilizou-se de estatística descritiva e inferencial não-paramétrica (Mann Whitney e Wilcoxon). Na comparação por sexo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres. Observou-se na análise intragrupo que o sexo masculino teve uma maior percepção do reduzido senso de realização em comparação com as dimensões desvalorização esportiva (p < 0,001) e exaustão física e emocional (p < 0,001). De forma semelhante, grupo do sexo feminino também apresentou uma maior percepção do reduzido senso de realização em comparação com as dimensões desvalorização esportiva (p < 0,001) e exaustão física e emocional (p < 0,001). Conclui-se que a variável sexo não influenciou na percepção do burnout para os tenistas brasileiros avaliados, sendo a dimensão reduzido senso de realização a mais percebida para os tenistas de ambos os sexos, o que sugere que estes tenistas avaliados estão insatisfeitos em relação as suas competências esportivas.