Resumo

Durante o envelhecimento uma redução acentuada na capacidade de produção de força pode ser observada, bem como uma deterioração das funções executivas podendo levar ao desenvolvimento de demências e doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Embora altos níveis de força muscular ao longo da vida bem como um alto desempenho cognitivo (DC) estarem relacionados a um risco reduzido no desenvolvimento de doenças crônico degenerativas, ainda não está bem estabelecido se existe relação entre a capacidade de produção de força e o DC em mulheres idosas. OBJETIVO: Verificar se existe correlação entre a força muscular e o desempenho cognitivo de mulheres idosas. MÉTODOS: Setenta mulheres idosas (≥ 60 anos) fisicamente independentes (PESO 69,1 ±11,1; ESTATURA 156,0 ±5,7 e IMC 28,4 ±4,1) participaram da presente investigação. Para a avaliação da força muscular foram realizados testes de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios cadeira extensora, rosca scott e supino vertical para a representação da força máxima dos membros inferiores, superiores e tronco respectivamente. A somatória da carga total levantada (CTL) nos três exercícios foi utilizada como parâmetro de força máxima total. A avaliação do desempenho cognitivo foi realizada a partir da bateria de testes Montreal Cognitive Assessment (MoCA). A somatória da pontuação atingida em cada um dos testes foi utilizada para a análise. RESULTADOS: Não foi observada uma correlação significante entre a CTL e o DC (r = 0,229; P > 0,05), bem como para os exercícios cadeira extensora (r = 0,201; P > 0,05) e rosca scott (r = 0,083; P > 0,05). Entretanto, uma correlação significante foi observada entre o teste de 1RM realizado no exercício supino vertical e o DC (r = 0,257; P = 0,03).  CONCLUSÃO: Os resultados da presente investigação sugerem que parece não haver correlação entre a força muscular dos membros superiores e inferiores e o DC de mulheres idosas, exceto para a força muscular de tronco no exercício de supino vertical.

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